SICE Internacionalização das PME: 2 Fases, 2 Perfis

O aviso SICE – Internacionalização das PME (Operações Individuais) traz uma novidade decisiva: duas fases, desenhadas para perfis de exportação diferentes. Neste artigo explicamos o racional desta divisão, quem se enquadra em cada fase, prazos, taxas, e como maximizar o mérito da sua candidatura.

Há avisos que acrescentam burocracia e há avisos que mudam a estratégia. O SICE – Internacionalização das PME (Operações Individuais) entra na segunda categoria: ao separar o concurso em duas fases, força cada empresa a posicionar-se com realismo. O objetivo é acelerar quem já exporta de forma consistente e alargar a base exportadora de quem está a dar os primeiros passos. O critério para distinguir estes dois perfis de PME é objetivo e evita “zonas cinzentas”: o volume de negócios internacional (VNI) no ano pré-projeto (2024).

Para aproveitar esta oportunidade estratégica, com dotação total de 57 M€, organize a sua ação em 3 passos:

1. Definir a fase de candidatura com base no VNI 2024

Fase 1: VNI 2024 ≥ 200 mil €

  • Data-limite de candidatura: 30/12/2025 (17h)
  • Taxa de cofinanciamento: 40%
  • Apoio máximo por projeto: 300 mil €

Fase 2: VNI 2024 < 200 mil €

  • Data-limite de candidatura: 31/03/2026 (17h)
  • Taxa de cofinanciamento: 50% (40% nas regiões Lisboa e Algarve).
  • Apoio máximo por projeto: 150 mil €

Em termos práticos: tração exportadora justifica operações maiores (Fase 1); primeiros passos beneficiam da maior intensidade de apoio (Fase 2).

2. Escolher a estratégia adequada à sua empresa

Quanto a ações, o foco deste aviso é claro. As atividades a desenvolver devem contribuir diretamente para aumentar a competitividade e a capacidade exportadora das PME portuguesas. Assim, são elegíveis ações de:

  • Aproximação a novos mercados e novos clientes — feiras e certames internacionais;
  • Prospeção e captação (incluindo missões inversas);
  • Marketing internacional com forte componente digital (SEO/SEA, social, conteúdos, analytics); Presença online e e-commerce (lojas próprias e marketplaces);
  • Criação e/ou promoção da marca; inovação organizacional;
  • Qualidade/certificações para mercados externos.

Se vai concorrer à Fase 1, construa uma estratégia para consolidar e escalar — feiras de alto impacto, certificações críticas de acesso, profissionalização do canal internacional (equipa, processos e ferramentas). Se a sua empresa se enquadra na Fase 2, o objetivo deve ser construir capacidades — começando por um roadmap digital completo (UX, SEO/SEA, conteúdos, analytics, marketplaces) e RH qualificados.

Em suma:  Se já exporta ≥ 200 mil €, a Fase 1 é a via rápida: um projeto de escala, coerente e mensurável, que prove o salto de posicionamento em mercados-alvo. Se está < 200 mil €, a Fase 2 oferece a intensidade que transforma um plano bem pensado (mercados certos, digital a sério e recursos humanos especializados) num salto internacional com redução de risco.

3. Preparar uma candidatura capaz de atingir o sucesso

Este aviso não compra intenções, compra capacidade de executar. Todas as candidaturas carecem de MP (Mérito do Projeto) ≥ 3,00 e mínimos de 3,00 em A (Adequação), B (Qualidade), C (Capacidade) e D (Impacto); na Fase 1, a exigência é ainda maior e só são selecionadas as candidaturas que atingem MP ≥ 4,00 (limiar ajustável). [Consultar detalhes no Aviso]

A INOVA+ pode ajudar a sua PME a transformar elegibilidade em crescimento internacional mensurável. Temos uma equipa especializada, pronta para analisar o enquadramento por fase, desenhar o roadmap de internacionalização da sua PME (mercados-alvo, feiras, prospeção, e-commerce/marketplaces, certificações), estruturar orçamento e KPIs, e preparar uma candidatura com foco no Mérito do Projeto. Se quer avançar, conte connosco para construir um projeto competitivo, exequível e pronto a aprovar. Fale connosco!